Perfil

Anderson, casado há 21 anos, pai de 02 jovens de 20 e 19 anos, professor de baixo e violão.

Ama tocar e ensinar musica principalmente para iniciantes, mas também leciona para músicos com conhecimento médio.

Foi professor no projeto Musica na Lan no Bairro do Jabaquara e atualmente leciona particular.

Formado pela ULM em violão popular, e contrabaixo na EM&T Morumbi com o professor Fernando Tavares.

Já tocou com Pr.Adhemar de Campos, Ludmila e Philipe, Pr. Washington de Campos, Luciano Manga, Banda direção, André Cajeron, Pr. Marcio Pereira (Min.Koinonya), Salgadinho, Silvera, atualmente baixista do cantor Márcio Foffu, é musico na igreja ´´A Casa da Rocha´´.

Aulas de violão e contrabaixo zona sul de SP, Taboão da Serra e Embú das Artes. 011 99860-0762 ou e-mail andgodsson@hotmail.com.

Faz trabalhos freelancer para bandas seculares e evangélicas.



http://www.youtube.com/andgodsson



sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

"Um Estranho no Ninho"

Estou muito satisfeito com meu novo carro, um Niva Pantanal 1991 com motor AP.

Dirigir um jipe é uma experiência bem diferente de dirigir um carro de passeio. Os comandos são os mesmo, estão lá os pedais de freio, embreagem e acelerador, o volante, o câmbio, mas um jipe não é um carro de passeio com certeza.

O interior do veículo é quente, o ruído é alto fazendo os ocupantes serem obrigados a elevarem o tom de voz nas conversas, imagina isso em uma viagem de mais de 200km, a viatura pula como um cabrito por vezes fazendo os ocupantes darem saltos em seus assentos. No trânsito é lento, desengonçado, não tem a habilidade dos outros carros, quando o semáforo abre começa a ganhar velocidade bem devagar, e mantém distância do carro da frente pra evitar uma colisão no caso de uma freada violenta.

O câmbio é duro, o que cansa o motorista no trânsito que exige várias mudanças de marcha, a alavanca é longa o que faz com que o motorista precise dar uma inclinadinha pra frente pra colocar algumas marchas, no fim do dia até a coluna do jipeiro já esta doendo.

Consumo de combustível não é nada encorajador, o motor pede muito pra saciar a sua sede e em viagens longas é preciso diversas paradas para abastecer.

A estabilidade requer atenção redobrada do condutor, curvas devem ser feitas em velocidades baixas, nas frenagens ou ao passar por buracos o carro dança para os lados, deve ser por isso que o meu se chama Krab, caranguejo em russo. Devido a baixas velocidades na estrada o jipeiro começa a compartilhar mais espaço com os caminhões.

Mas mesmo diante de tudo isso o jipeiro segue feliz com a sua viatura, é uma relação de carinho recípocra.

E a experiência de dirigir um jipe já começa a ser diferente no trânsito, o jipe se destaca por onde passa, ele parece não ter sido feito para aquelas ruas, é realmente um estranho no ninho, parece um carro mas não é. Logo o jipeiro começa a perceber os olhares curiosos dos outros motoristas, ele reparam nos detalhes do jipe, como os pneus são grandes, acham o máximo aqueles faróis no teto, queriam saber como deve ser legal a visão de dentro de um carro alto assim, e o snorkel saindo do capô faz imaginarem o jipe atravessando um rio. Se a viatura estiver suja de barro então, se é que podemos chamar isso de sujeira, os motoristas dos outros carros ficam se perguntando onde esse jipe e seu jipeiro estiveram durante o fim de semana!!!?

A maioria dos motoristas gostariam de ter um jipe, mas nunca ousaram ter um, desejam poder ir a lugares onde o jipe pode levá-los, mas ficam só no campo da imaginação pensando como seria bom tudo isso.

E é exatamente isso que o jipe faz, apesar de todas as adversidades apresentadas no trânsito o jipe não foi feito pra estar no trânsito, apesar de estar lá.

O jipe foi feito pro barro!!! Esse é o seu habitat, uma valeta, um obstáculo a frente, uma subida que amedronta, carros normais não passariam ali, mas o jipe não é um carro normal. Ele acelera, e vai vencendo a barreira, trasendo força dos motores como que se sentindo desafiado, quanto pior o caminho melhor!!!!!

Ele nos leva a trilhas cercadas de belezas naturais, a cachoeiras onde poucos tiveram o prazer de contemplar, e nesse hora a relação entre jipe e seu jipeiro se torna mais forte, faz o jipeiro refletir que as dificuldades de outrora não se comparam com a recompensa de agora estar em um lugar maravilhoso, lugar que os outros motorista apenas ficam imaginando estar.

Por isso os jipeiros são respeitados, porque buscam o que é bom, não querem aparecer como os carros tunados que são feitos só para serem exibidos, tudo em um jipe serve a um propósito, para vencer desafios. Ser jipeiro é mais do que ter um jipe, é seguir um estilo de vida, junto com o jipe vem um pacote de responsabilidades, cuidado com a natureza, respeito ao próximo, postura digna de um grupo que recebe novos adeptos de braços abertos. Muitos queriam ser iguais a um jipeiro, mas lhes faltam coragem, ousadia ou incentivo apenas.

Dirigindo o meu jipe percebi que tenho muito mais em comum com tudo isso.

Como Cristão, aos olhos do mundo sou como um estranho no ninho, pareço deslocado, fora de contexto, assim como um jipe no trânsito. O propósito da minha vida, da minha existência não é o mesmo da maioria das pessoas, sou feito pra algo diferente. Apesar de viver aqui sou preparado pra viver em um outro lugar!

Todas adversidades que se apresentam devido a eu ter escolhido esse estilo de vida não se comparam com o prazer que eu sei que terei quando finalmente chegar ao lugar do qual eu fui feito pra estar, no céu, no paraiso, assim como um jipeiro em uma cachoeira distante, minha recompensa está em outro lugar.

Pensar nisso me faz me sentir bem mesmo diante das dificuldades que enfrento, assim como o jipeiro está contente dirigindo seu jipe no trânsito.

E tem mais, muitos me olham, pensam em meu estilo de vida e se perguntam: Servir a Deus? Depender de Deus?

Mas também pensam: Gostaria de ser igual a esse cara, mesmo diante das dificuldades está feliz, gostaria de ter essa felicidade, gostaria de poder ir ao lugar que ele crê que vai, gostaria de ter irmãos com quem contar, gostaria de ter essa força na hora de vencer desafios! Mas eles não têm coragem, ousadia ou simplesmente lhes faltam incentivo.

Mas no que depender de mim serei um incentivardor, anunciando que há um estilo de vida que vale a pena seguir, e quem quiser saber como é venham que lhes direi!!!!!!

Muitos querem se livrar do estres do trânsito de cada dia das suas vidas espirituais, mas precisam de alguém que lhes estendam a mão, e esses somos eu e vocês. Nosso estilo de vida será demonstrado por nossas atitudes, a imagem que passamos aos que estão ao nosso redor, alegria na adversidade, certeza de um lugar melhor do qual fomos feitos pra viver.

Seguiremos sempre assim!! Um ajudando o outro, tendo um estilo de vida irrepreensível e desejado por muitos, nosso testemunho será nossa própria vida!!

Deus abençoe a todos nós!!!!!

Por:
Bruno Carrão Menassi